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Após lockdown, reabertura na Inglaterra adota cautela que falta ao Brasil

Pessoas fazem filas para receberem vacina contra a covid-19 na Inglaterra; imunização está atrelada à reabertura - 11.jan.2021 - Jacob King/Pool/AFP
Pessoas fazem filas para receberem vacina contra a covid-19 na Inglaterra; imunização está atrelada à reabertura Imagem: 11.jan.2021 - Jacob King/Pool/AFP

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

25/02/2021 04h00Atualizada em 25/02/2021 10h55

O Brasil deveria aprender uma lição com o plano da Inglaterra para sair do lockdown, de acordo com especialistas: "Cautela".

Anunciado nesta semana, o planejamento inglês tem quatro etapas, com um intervalo de ao menos cinco semanas. Já o Brasil, na ausência de comando do governo federal no enfrentamento à pandemia, tem visto estados e municípios tomarem medidas distintas e com uma série de "abre e fecha" de atividades.

Segundo a Inglaterra, o plano será guiado por "dados, não datas". "Para que não corramos o risco de um surto de infecções que colocariam uma pressão insustentável no sistema de saúde", segundo aponta comunicado em 22 de fevereiro.

Assim, quatro semanas após o início de cada etapa, serão analisados índices para verificar se os efeitos da reabertura foram positivos. "Somente quando o governo tiver certeza de que é seguro ar de uma etapa para a próxima, a decisão final será tomada", diz o texto. É este o ponto que o Brasil deveria prestar especial atenção, de acordo com especialistas.

"A lição interessante é a cautela", diz Luís Fernando Aranha, infectologista do Hospital Albert Einstein e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "Aqui, a gente faz o seguinte: melhorou, a gente sai [da restrição], desfazendo tudo. Não tem cautela. Melhora, você vai lá e pronto: libera tudo."

Evitar os errados

Membro do Observatório Covid-19 BR, o professor do Instituto de Física Teórica da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Roberto Kraenkel recorda que a estratégia da Inglaterra está atrelada a vários pontos: vacinação, efetividade dos imunizantes no combate ao novo coronavírus e controle das hospitalizações e das novas variantes do vírus. Caso contrário, não haverá avanço para a etapa seguinte. No Reino Unido, quase 28% dos britânicos já foram vacinados; no Brasil, cerca de 3,5%, de acordo com a plataforma Our World in Data.

É uma imensa parcimônia, precaução em não dar os errados. Tentar avaliar se cada o tem o efeito que se queria.
Roberto Kraenkel, membro do Observatório Covid-19 BR

Aranha realça o respeito da população às restrições, além do avanço da vacinação. "Só que isso não se aplica a nós", diz. Por essa razão, o infectologista pontua que a Inglaterra pode fazer "planejamento para quatro meses e a gente tem que fazer no dia a dia".

Ele avalia que algumas regiões do Brasil tiveram medidas restritivas para a circulação tais como as implementadas na Inglaterra. "Só que eles [ingleses] cumprem, e a gente não. Por isso, a gente não tem uma curva [de casos] que sobe e desce. A nossa é sempre contínua."

A Inglaterra demorou a tomar as primeiras medidas de restrição contra a covid-19 no ano ado, quando teve início a pandemia. "Agora, se preocupa em sair do lockdown sem gerar uma onda de novos casos e mortes", diz Kraenkel. A Inglaterra está em lockdown desde janeiro. A medida foi tomada após a identificação de uma variante do coronavírus.

"Não tem jeito de escapar. A lógica viral é inexorável. A gente pode até fingir que não tem o vírus, mas, depois, a gente paga o preço", diz o presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia) e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Flávio Guimarães da Fonseca, que pede que o Brasil observe o exemplo de países que estão em um estágio à frente no enfrentamento à pandemia.

"A gente tem a oportunidade de ter um 'laboratório de testes' e não tem aproveitado. Precisamos ver a evolução da situação em outros países."

A grande lição é a paciência. É o não ser reativo com melhoras iniciais. É manter até sedimentar [o cenário].
Luís Fernando Aranha, infectologista

Realidades distintas

Um dos pontos do programa da Inglaterra que não deve ser factível para o Brasil é fazer a transição entre as etapas em todo o país ao mesmo tempo. Em São Paulo, por exemplo, o estado foi dividido em regiões e cada uma está em uma etapa diferente do plano de reabertura.

Os próprios prefeitos têm adotado medidas distintas. Em Bauru, a prefeitura ignora medidas de prevenção à covid-19. Já em Araraquara foi decretado lockdown. "Aqui é muito heterogêneo: tanto a percepção do problema quanto a própria adesão ao isolamento."

O setor econômico também é um fator de pressão contra restrições no Brasil, na avaliação de Aranha. "Melhorou um pouquinho, dono de bar já vai para a rua [pedir para abrir]", afirmou.

Quando a gente atinge um resultado bom, é preciso um período de manutenção. Senão, a coisa vai ficar no sobe e desce.
Luís Fernando Aranha, infectologista

Kraenkel diz que o Brasil, diferentemente da Inglaterra, não tem "nenhuma perspectiva" de ver a reabertura seguir uma relação entre vacinação e vigilância. "Mas essa é uma das coisas que a gente tem que aprender: tem que ter um plano razoável."

Inglaterra amanhã é quase o Brasil hoje

A Inglaterra prevê para o final de junho o cenário mais aberto no processo de flexibilização, em que poderá retirar limites aos contatos sociais. Esse é um cenário que, apesar de ser contra as regras, já é visto nas ruas brasileiras.

"A gente pode até estar vivendo [nesse cenário], mas não por recomendação", diz Aranha. "Você tinha que contar com o papel do cidadão. Mas, aqui, vivemos a cultura do desejo: 'Eu quero, eu faço e não me importo com o outro'."

O governo inglês planeja a reabertura, mas preocupado ainda com a mensagem de que "a covid-19 continua fazendo parte de nossas vidas". "Se todos nós continuarmos a fazer nossa parte, estaremos um pouco mais perto de um futuro que é mais familiar", disse o comunicado do governo.