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Miliciano e Queiroz agiram juntos para obstruir investigação, diz MP-RJ

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz - Reprodução
Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz Imagem: Reprodução

Gabriel Sabóia, Igor Mello, Silvia Ribeiro e Eduardo Militão

Do UOL, no Rio e em Brasília

19/12/2019 20h45

Resumo da notícia

  • Investigação aponta que o ex-PM Adriano da Nóbrega agiu com Queiroz para obstruir investigação sobre rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro
  • De acordo com MP, havia uma estratégia para que a ex-assessora Danielle Mendonça não fosse a depoimento
  • A organização criminosa chefiada pelo miliciano teria financiado a defesa de Danielle, diz o MP
  • A defesa de Queiroz disse que a interpretação dos diálogos obtidos pelo MP foi distorcida

Chefe da milícia de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega agiu em parceria com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), para obstruir a investigação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) sobre suposta prática de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual na Alerj, segundo disse a Promotoria à Justiça do Rio em relatório que pede autorização para operação deflagrada na quarta-feira (18).

O MP-RJ, que investiga a prática de devolução de parte dos salários de ex-assessores de Flávio na Alerj, teve o a conversas de WhatsApp da ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Costa, com Queiroz —apontado como operador financeiro no esquema do gabinete de Flávio— e com o Capitão Adriano, como o ex-PM é conhecido.

Em diálogo em 16 de janeiro, Queiroz pergunta a Danielle se ela já havia sido chamada para depor ao MP. Diante da confirmação, ele determinou que ela não comparecesse ao local, segundo diz a Promotoria.

"Eu já fui orientada. Ontem fui encontrar os amigos", responde ela. "Amigos", segundo o MP-RJ, seria como os dois se referiam à milícia chefiada por Adriano. A Promotoria afirma que essa organização criminosa teria sido responsável pela defesa de Danielle.

De acordo com o Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) do MP, apesar de as falas de Queiroz no aplicativo de troca de mensagens terem sido apagadas, é possível identificar que havia uma estratégia alinhada para que Danielle não fosse ao MP.

No dia anterior, em 15 de janeiro, Adriano já havia conversado com Danielle sobre a estratégia para atrapalhar o andamento das investigações.

"Boa noite! O amigo pediu pra vc não ir em lugar nenhum e tbm não nada...", avisa o miliciano em referência a Queiroz, com quem o ex-PM estaria em permanente contato.

Danielle alerta para um documento que havia assinado na semana anterior. "Olá! Acabei de sair do advogado indicado. Assinei na semana ada o ofício que recebi", afirma a ex-assessora de Flávio. "Vou ar para ele", diz Adriano, também referindo-se a Queiroz.

O grupo Escritório do Crime, que segundo o MP é chefiado por Adriano, é apontado pela Polícia Civil do Rio e pela Promotoria como responsável pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. Os advogados de Adriano negaram em petição ao STF (Supremo Tribunal Federal) que ele seja chefe de grupos criminosos.

Queiroz é amigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde 1984 e, segundo investigação do MP, recolhia parte dos salários de funcionários nomeados no gabinete (vários deles com fortes indícios de serem fantasmas).

Duas delas são Raimunda Veras Magalhães e Danielle, respectivamente mãe e ex-mulher de Adriano —ele está foragido da Justiça após ser apontado pelo MP como chefe da milícia que controla a comunidade do Rio das Pedras, em Jacarepaguá.

Os salários de Raimunda e Danielle na Alerj somaram, ao todo, R$ 1.029.042,48, dos quais pelo menos R$ 203.002,57 foram reados direta ou indiretamente para a conta bancária de Queiroz, segundo o MP. Além desses valores, R$ 202.184,64 foram sacados em espécie por elas. Segundo o MP, isso viabilizaria a "simples entrega em mãos" de dinheiro para o ex-assessor.

Outro lado

A reportagem tenta contato com a defesa de Adriano Nóbrega e Danielle Costa.

Em nota enviada na manhã de hoje, a defesa de Queiroz afirmou que "a interpretação dada a esses diálogos é feita de forma distorcida e a partir de recortes de diálogos obtidos de forma ilegal, portanto, para que os fatos possam ser avaliados com isenção é necessário que todo o diálogo seja apresentado".

O advogado Paulo Klein anunciou horas depois que estava deixando o caso por questões de "foro íntimo".

O UOL também procurou a defesa de Flávio. Em vídeo publicado hoje em seu canal no YouTube, Flávio criticou o juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio, e o MP sobre a investigação e a autorização das medidas cautelares.

Ele negou a prática de lavagem de dinheiro, definiu a suspeita como "absurda" e atribuiu a investigação como um "conluio para atacar o presidente". Sobre o ex-assessor, Flávio disse apenas que "Queiroz já botou no papel que eu não tenho nada a ver com o que ele fez ou deixou de fazer" em referência a esclarecimento dado por escrito ao MP.

O advogado de Flávio, Frederick Wassef, criticou ontem, por meio de nota, a operação do MP que cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, Queiroz e a parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro.

Funcionários do MP também estiveram em loja de chocolates de Flávio Bolsonaro localizada no Via Parque, shopping da zona oeste carioca.

Wassef disse que os promotores "não irão encontrar nada" que comprometa Flávio. "Recebemos a informação sobre as novas diligências com surpresa, mas com total tranquilidade. Até o momento, a defesa não teve o a medida cautelar que autorizou as investigações e, apenas após ter o a esses documentos, será possível se manifestar. Confirmo que a empresa do meu cliente foi invadida, mas garanto que não irão encontrar nada que o comprometa. O que sabemos até o momento, pela imprensa, é que a operação pode ter extrapolado os limites da cautelar, alcançando pessoas e objetos que não estão ligados ao caso", afirmou.

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