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Diálogos Públicos

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Empregabilidade e os limites da educação

Carteira de trabalho, emprego, CLT - Agência Brasília
Carteira de trabalho, emprego, CLT Imagem: Agência Brasília

Colunista do UOL

01/12/2022 04h00

Tassiana Cunha Carvalho*
Eliana Tavares Pereira**

Nilo, 24, o primeiro de sua família a se formar na universidade, se soma, desde então, aos 25,2% de jovens desempregados no país. Rui, pai de Nilo, 52, ensino médio completo, desde que ficou desempregado na pandemia, engrossa o contingente de 1,4 milhões de adultos com mais de 50 anos que estão buscando recolocação.

Os preocupantes indicadores de desemprego na juventude brasileira estampam as manchetes de veículos de mídia jornalística (como se pode ver aqui e aqui). Assim como Nilo, mais de 23% dos jovens entre 15 e 24 anos não trabalham nem estudam, a pior taxa desde que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) começou a coletar os dados em 2005.

A situação de Rui remete a outra equação entre qualificação e trabalho. Projeções relacionadas às transformações na economia mundial espantam com números sobre substituições de profissões e necessidades de requalificação profissional - o Fórum Econômico Mundial estima que 1,1 bilhões de empregos serão impactados pela tecnologia na próxima década. A transformação digital da economia e da sociedade, a preocupação com o meio ambiente, e o envelhecimento da população que leva ao aumento das demandas pelos profissionais de saúde e de cuidados - as chamadas economias digitais, verde e azul, respectivamente - pressionam por novos perfis de trabalho.

Em face dessas mudanças, relatórios de organismos internacionais (Unesco, OCDE1, OCDE2 e OIT) descortinam o que chamam de descomo entre demanda e oferta, colocando o holofote nos postos de trabalho abertos, que não são preenchidos em razão da falta de profissionais qualificados. Ou seja, por um lado temos falta de mão de obra qualificada e, por outro, temos um contingente expressivo de desempregados.

A solução em geral está sustentada em educação: cursos técnicos, de qualificação ou mesmo o ensino superior resolveriam um suposto abismo entre o que se ensina na escola e o que se requer na porta do Sistema Nacional do Emprego (Sine).

De fato, ainda que contemple exceções, a vida profissional de um indivíduo no mundo moderno é impactada por sua trajetória educacional. Oportunidades no mercado de trabalho estão diretamente relacionadas com níveis educacionais formais e informais.

Logo, o senso comum reforça que mais educação é igual a ter um emprego

O mundo do trabalho depende sim da educação, da formação de indivíduos técnica e socialmente preparados para desempenhar os diversos papéis sobre os quais está erigida a sociedade contemporânea. Já, desde 1988, a nossa Constituição Federal vincula a educação à qualificação para o trabalho.

Mas o que não se discute é que a educação não resolve o desemprego.

Evidências apontam uma relação sinérgica entre educação e trabalho, argumentando que a produtividade de um país está intrinsecamente ligada a quanto e como o país prepara o seu contingente de trabalhadores. A interação é positiva, mas trata-se de duas engrenagens de um mesmo sistema e não de causa e consequência. Países desenvolvidos que possuem os melhores sistemas educacionais do mundo têm enfrentado nas últimas décadas o crescimento do número de desempregados. A educação tem um papel de moldar profissões, mas não determina taxas de empregabilidade

Além disso, refuta-se a ideia de que a trajetória de formação dos indivíduos é determinante no seu futuro profissional. No Brasil, apenas cerca de 20% da população entre 25 e 34 anos possui um diploma de nível superior, indicando que a grande maioria dos brasileiros ingressaram no mundo do trabalho sem uma preparação específica. E estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) aponta que mais de um terço daqueles que obtiveram diploma de ensino superior desempenham funções que requerem uma qualificação inferior à sua escolaridade.

Há que se superar a armadilha de que formações específicas resolveriam o problema da ocupação de postos de trabalho vagos, responderiam aos problemas enfrentados com as mudanças socioeconômicas recentes ou que empregariam Rui e Nilo.Christian Harter, representante de uma empresa do setor de eletromobilidade, por exemplo, afirmou em seminário recente que precisa qualificar profissionais já com graduação e estima que o prazo de formação de um profissional para o setor pode ser longo, o que põe em risco atender à demanda imediata. Diante da falta de mão de obra qualificada, as empresas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) têm optado por recrutar profissionais com baixa experiência e capacitá-los de forma customizada, atendendo a necessidades não compreendidas na formação técnica.

A atuação das empresas na formação específica de profissionais não quer dizer que os governos federal e das demais unidades federativas não devem pensar suas políticas formativas visando a tendências do mercado de trabalho,a vocações econômicas locais e regionais ou buscando preencher os postos de trabalho abertos.

Mais prementes são os investimentos que atentem ao grande contingente da população que não tem educação básica ou formação profissional para se adaptar às mudanças, que são dinâmicas, céleres e pedem respostas rápidas.

Os sistemas de ensino público e privado devem pensar e planejar suas ofertas olhando atentamente para essas mudanças, sem perder de vista que a formação se baseia em competências e habilidades e que essas podem ser combinadas de diversas formas, possibilitando a Nilo e a Rui tornarem-se uma pluralidade de profissionais, formando, assim, cidadãos aptos a se requalificarem, caso necessitem, e de forma a tirar o melhor proveito das mudanças econômicas em curso.

*Tassiana Cunha Carvalho é integrante da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, mestre em educação (Universidade de Brasília),atualmente lotada na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação.

**Eliana Tavares Pereira é integrante da carreira de Analista em Ciência e Tecnologia, mestre em educação (Universidade do Rio Grande do Sul) atualmente lotada na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação.

***Esse texto é fruto de parceria entre a Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP) e a Coluna Diálogos Públicos.