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Falta de testes infla taxa de letalidade do coronavírus no Brasil

Carolina Marins

Do UOL, em São Paulo

31/03/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Variação na taxa de letalidade nos países pode ser explicada pela quantidade de testes feitos
  • Índice brasileiro estava há alguns dias em 2,1%, mas saltou para 3,5% ontem
  • Aumento tem relação direta com subnotificação de casos confirmados no País
  • Alemanha e Coreia do Sul têm taxas mais baixas devido às testagens em massa
  • Sobrecarga no sistema de saúde faz Itália ter taxa de mais de 10%

A taxa de letalidade do novo coronavírus no Brasil vem aumentando nos últimos dias. Nesta segunda-feira, o valor era de 3,5%, próximo ao observado na China — país de origem da pandemia —, de 3,9%. Contudo, como o dado é diretamente afetado pela subnotificação de casos confirmados no país, a expectativa é de que ele diminua conforme sejam feitos mais testes no país.

A taxa de letalidade de uma doença é uma razão entre a quantidade de indivíduos que já morreram e o número total de infectados. O resultado é uma porcentagem que indica a gravidade de uma doença. Algumas doenças têm letalidade muito alta, como a raiva, que mata 100% de seus infectados. Outras têm letalidade baixa, como o sarampo, que é altamente contagioso e mata 0,2%.

O número do Sars-Cov-2, o vírus que causa a covid-19, ainda não é exato e tende a variar de país para país. No dia 3 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calculou um número global com base em estudos feitos na China de 3,4%. Apesar de não ter havido atualização por parte da OMS, calcula-se que hoje esse número seja próximo de 4,8%.

A relação da taxa de letalidade com a subnotificação de casos tem a ver com a testagem da população infectada. "Quando se usa mais extensivamente os testes, encontra-se muita gente com quadros subclínicos positivos para o coronavírus que são colocados no denominador. Isso aumenta o número de indivíduos com quadros leves, o que diminui a letalidade", explica o infectologista da USP, Eliseu Waldman.

O Brasil por enquanto só tem testado os casos hospitalizados, os de clínicas sentinelas e os profissionais de saúde, o que acarreta subnofiticação de casos. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a subnotificação tem jogado a taxa de letalidade cada vez mais para a cima. Contudo, a pasta afirma que a tendência é que o índice diminua conforme o Brasil expanda seus testes para os casos menos graves.

"Nós não temos testes para todos os casos. Se tivéssemos hoje [o dado de] todos os casos que estão circulando Brasil afora, nós teríamos um denominador maior e uma letalidade menor. Quanto menos testes você faz, maior a letalidade", disse durante entrevista coletiva ontem.

Baixa letalidade pode contribuir com maior disseminação

O gráfico acima foi produzido no dia 13 de março e considerou o cálculo oficial de mortalidade feito pela OMS de 3,4%.

Em comparação com a Sars e a Mers, doenças causadas por outros tipos de coronavírus, a covid-19 tem uma taxa de letalidade considerada baixa. A Sars matou 10% de seus infectados e a Mers, 30%. Porém, a baixa taxa de letalidade pode contribuir para uma disseminação maior, já que doenças altamente letais matam seus hospedeiros antes que eles as espalhem, como foi o caso da Mers.

O Brasil tem assistido ao aumento da letalidade do vírus em seu território: na semana ada, a taxa se manteve estável por alguns dias em 2,1%, mas saltou para 3,2% no domingo e para 3,5% ontem. É um valor próximo do da China atualmente — onde a curva de contaminação já está estabilizada — e muito menor que os da Itália e Espanha — onde a cada dia os recordes de mortes são batidos.

Segundo Waldman, a variação na taxa de letalidade em cada país pode ser explicada pela quantidade de testes feitos. A Alemanha e a Coreia do Sul são os países com as taxas de morte mais baixas, de 0,8% e 1,5%, respectivamente, nesta segunda-feira. O motivo está na testagem em massa que esses países conseguiram fazer.

A Alemanha está com menos de 1% de letalidade porque está fazendo muito teste e pode ser que essa seja a verdadeira taxa de letalidade, ou algo bem próximo dela
Eliseu Waldman, infectologista da USP

Sobrecarga no sistema de saúde também eleva taxa

Nesta segunda-feira, o Brasil recebeu o primeiro kit de testes rápidos para covid-19 a fim de expandir os diagnósticos. Porém, no sábado, Mandetta alertou que esses testes ainda não seriam para todos e os estados deveriam fazer bom uso deles.

Outro fator relevante para o cálculo de letalidade é a capacidade dos sistemas de saúde de cuidar de seus pacientes. A Itália tem atualmente a maior taxa de letalidade do mundo, com mais de 10% nesta segunda-feira. Além da ausência de testes para todos no país, a sobrecarga no sistema de saúde leva esse número para cima.

Na Lombardia, provavelmente houve um colapso do sistema de saúde. Na realidade não é a doença que está matando, o que está matando é a ausência de assistência. Tem gente morrendo em casa, tem gente morrendo na porta do hospital"
Eliseu Waldman, infectologista da USP

É por isso, destaca o infectologista, que a preocupação brasileira neste momento é em achatar a curva de contaminação. Evitando a sobrecarga e, consequentemente, o colapso do sistema de saúde, é possível manter uma taxa de letalidade baixa.

"Corre-se agora atrás do achatamento da curva, que é a redistribuição artificial, diminuindo o contato das pessoas e distribuindo o número de casos. Com isso, você tenta conseguir que o sistema de saúde se mantenha em um nível aceitável de funcionamento. Aí você vai ter um a estimativa melhor da letalidade", explica.

Segundo o especialista, o sistema de saúde brasileiro ainda tem dado conta de seus casos, então o viés na taxa de letalidade ainda é causado pela ausência de testes.