Coronavírus: com chegada da doença ao Brasil, o que realmente funciona para se proteger?
Proliferação rápida, letalidade menor
Outra recomendação é, se possível, evitar aglomerações e manter distância de pessoas com sintomas de gripe.
A responsabilidade é maior ainda para quem está gripado: ao espirar ou tossir, cubra a boca e o nariz e jogue o lenço fora logo em seguida.
Como esse é um vírus novo, as pessoas não têm imunidade contra ele, o que faz com que o contágio seja mais rápido.
O número de novos casos tem crescido rapidamente, acreditam os cientistas, também porque o coronavírus pode ser transmitido antes mesmo de os sintomas aparecerem, durante o período de incubação.
Apesar de ter uma capacidade de proliferação maior que a de outros vírus da mesma família, como os que provocaram os surtos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) em 2002 ou da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) em 2012, a letalidade desse coronavírus parece ser menor, segundo os dados disponíveis até agora.
De acordo com as informações mais recentes divulgadas pela Organização Mundial de Saúde, cerca de 2% dos infectados morreram. O índice de letalidade da Sars era de 9,5%, e da Mers, 35%.
Parte das pessoas que morreram de coronavírus até agora tinha algum tipo de doença prévia — diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares. Muitos eram mais velhos.
A médica Rosana Richtmann lembra que o fato de pessoas de mais idade ou com alguma outra doença prévia apresentarem quadros mais graves é relativamente comum entre os chamados vírus respiratórios.
Ainda não se sabe bem, no entanto, como é o ciclo do coronavírus no corpo e como nosso sistema imunológico responde a ele.
Por isso, também é importante manter o sistema imunológico fortalecido.
Como o corpo reage a 'invasores'
No caso de outros vírus, a resposta do organismo se dá principalmente em duas frentes: a da imunidade celular e a da imunidade humoral.
A imunidade celular se manifesta, por exemplo, através dos linfócitos, um tipo de leucócito produzido pela nossa medula e que tem, entre outras funções, a de reconhecer as células infectadas e destruí-las.
Nesse processo, não só o vírus é destruído, mas também a célula que ele infecta. No processo, parte dos leucócitos também acaba morrendo.
Os leucócitos são os glóbulos brancos, é o "exército" que tenta expulsar os patógenos — vírus, bactérias e fungos — do nosso corpo.
Eles aparecem, por exemplo, no hemograma: se a concentração no sangue estiver muito maior que os valores de referência pode ser um indício de infecção. Se estão muito baixos, podem ser indicativo de que nosso sistema imunológico está enfraquecido.
Já imunidade humoral se manifesta através dos nossos anticorpos, as imunoglobulinas, que atuam de forma parecida e podem, por exemplo, impedir que os patógenos entrem nas células.
Pra manter a imunidade, não há muito segredo: dormir a quantidade de horas certas para a sua idade, alimentar-se bem, manter-se hidratado, fazer exercícios físicos regularmente e tentar reduzir o estresse.
Texto publicado originalmente em 31/01/2020 e atualizado após a confirmação do primeiro teste positivo para coronavírus no Brasil, em 26/02/2020.
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