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Operação Lava Jato

Perícia de Lula vê como autêntico arquivo que mostra Moro instruindo Deltan

O procurador da República Deltan Dallagnol e o ex-juiz federal Sergio Moro - Jorge Araújo/ Folhapress
O procurador da República Deltan Dallagnol e o ex-juiz federal Sergio Moro Imagem: Jorge Araújo/ Folhapress

Ana Carla Bermúdez, Luis Adorno e Gabriel Sabóia

Do UOL, em São Paulo e no Rio

01/02/2021 17h42

Perícia feita a pedido da defesa do ex-presidente Lula —documento que teve o sigilo levantado hoje pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski— contém 50 páginas de diálogos entre o ex-juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, e entre o então chefe da Lava Jato em Curitiba e outros integrantes da força-tarefa (veja a íntegra das mensagens).

Assinada pelo perito Cláudio Wagner, a perícia reúne diálogos entre 3 de setembro de 2015 e 8 de agosto de 2017. "O perito recebeu o material da Polícia Federal, verificou a integridade do arquivo e pesquisou nesse arquivo a existência das mensagens selecionadas por nós, da defesa técnica do ex-presidente Lula", afirmou Cristiano Zanin Martins ao UOL.

O advogado explica que o perito atestou a autenticidade do material, isto é, que ele corresponde ao que foi apreendido pela PF e entregue à defesa de Lula por determinação do STF. A Lava Jato e Moro sempre contestaram a autenticidade dos arquivos —revelados pelo The Intercept Brasil em 2019.

O UOL selecionou a seguir trechos das conversas, que constam de HDs apreendidos na Operação Spoofing —em 2019, a ação prendeu suspeitos de terem invadido os celulares de Moro e de procuradores da Lava Jato. Os diálogos, que mostram coordenação entre Moro e a Lava Jato, também constavam em arquivo entregue em 2019 por fonte anônima ao site The Intercept Brasil.

Por meio de nota, Moro reiterou não reconhecer a autenticidade das mensagens. "As referidas mensagens, se verdadeiras, teriam sido obtidas por meios criminosos, por hackers, de celulares de Procuradores da República, sendo, portanto, de se lamentar a sua utilização para qualquer propósito, ignorando a origem ilícita." O ex-juiz diz que "todos os processos julgados na Lava Jato foram decididos com correção e imparcialidade".

O UOL procurou o MPF (Ministério Público Federal) do Paraná, que informou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentará o documento.

As grafias das mensagens foram preservadas tais como constam no documento da perícia.

"Ficou ótima a decisão", diz Dallagnol a Moro

Em 19 de outubro de 2015, Moro escreveu para Dallagnol para confirmar uma reunião com a PF (Polícia Federal) para discutir fases da Lava Jato. Em seguida, o então juiz detalhou medidas tomadas por ele naquela semana e foi elogiado pelo procurador.

11:41:24 Moro Marcado então? Decretei nova prisao de tres do odebrecht, tentando nao pisar em ovos. Receio alguma reacao negativa do stf. Convem talvez vcs avisarem pgr.

13:13:44 Deltan Marcado. Shou

15:47:32 Moro Para informar, soltei dai o cesar rocha.

17:39:49 Deltan Ok. Ficou ótima a decisão

Moro sugere fonte de acusação a Dallagnol

Em um diálogo de 7 de dezembro de 2015, Moro diz ao então chefe da Lava Jato de Curitiba que havia recebido um contato de uma pessoa que estaria "disposta" a prestar informações contra um dos filhos de Lula.

17:42:56 Moro Entao. Seguinte. Fonte me informou que a pessoa do contato estaria incomodado por ter sidoa ela solicitada a lavratura de minutas de escrituras para transferências de propriedade de um dos filhos do ex Presidente. Aparentemente a pessoa estaria disposta a prestar a informação. Estou entao reando. A fonte é seria.

17:44:00 Deltan Obrigado!! Faremos contato

'Notas malucas' do PT

Em uma conversa de fevereiro de 2016, Moro perguntou a Deltan se eles deveriam "rebater oficialmente" as "notas malucas" do diretório nacional do PT. "O que acha dessas notas malucas do diretorio nacional do PT? Deveriamos rebater oficialmente? Ou pela ajufe?", escreveu Moro. O procurador respondeu então que, na opinião dele e "de nossa assessoria de comunicação", não.

'Um bom dia afinal', diz Moro após saber de denúncias

Em dezembro de 2016, Moro comemorou após ser avisado por Dallagnol de que a Lava Jato protocolaria denúncias contra Lula e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Às 17h48 de 14 de dezembro daquele ano, Dallagnol escreveu: "Denúncia do Lula sendo protocolada em breve Denúncia do Cabral será protocolada amanhã". Moro respondeu: "um bom dia afinal".

Moro "quer saber as condições e ganhos"

Em fevereiro de 2016, Dallagnol diz que "Moro topou homologar em primeira instância o Auler, mas quer saber as condições e ganhos". Presidente da Camargo Corrêa, João Auler fora condenado por Moro em 2014. O procurador diz que Moro seria "exigente para homologar" e questionou: "Vcs sabem em linhas gerais ganhos? Se souberem, adiantem ou enviem aqui que adianto a ele, para ver se nao é o caso de conversa pessoal com ele".

Contexto político é maior, diz Dallagnol

Em 16 de março de 2016, os procuradores discutiram a decisão de Moro de divulgar conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e Lula, gravada pela PF. O procurador Andrey Borges de Mendonça se demonstrou preocupado, mas Dallagnol disse: "Andrey, no mundo jurídico concordo com vc, é relevante. Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político".

Palestra de Dallagnol x aniversário do PT

Em 28 de fevereiro de 2018, Dallagnol usou reportagens para dizer que uma palestra dada por ele teve maior presença do que o aniversário do PT. "Tinha mais gente na minha palestra do que no aniversário do PT kkkk, o qual tinha direito a outras atrações", escreveu.

Procuradora comemora Gilmar: "Chupa, Lula"

Em 18 de março de 2016, data em que Gilmar Mendes, ministro do STF, suspendeu a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, a procuradora Jerusa Viecili comemorou: "Buzinaço e apitaço em Curitiba! Gritam: Chupa, Lula! Viva, Gilmar!". Em outra ocasião, ela ironizou notícia da morte de Marisa Letícia e do neto de Lula, conforme mostrou o UOL. Após a repercussão, ela pediu desculpas da Lula.

Acordo com Léo Pinheiro: 'Não pode parecer prêmio'

Em 13 de julho de 2017, Dallagnol conversa com procuradores sobre acordo de delação que vinha sendo debatido com executivos da OAS. Àquela altura, Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira, havia mudado o seu depoimento sobre o tríplex de Lula no Guarujá. "Caros, acordo do OAS, é um ponto pensar no timing do acordo com o Léo Pinheiro. Não pode parecer um prêmio pela condenação do Lula", diz o procurador.

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