Toffoli diz que Bolsonaro não atuou contra democracia e respeitou decisões
!["Nunca vi [de Bolsonaro e seus ministros] nenhuma atitude contra a democracia", afirmou Toffoli - Fellipe Sampaio/SCO/STF](https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fconteudo.imguol.com.br%2Fc%2Fnoticias%2F24%2F2020%2F09%2F04%2Fo-presidente-do-stf-supremo-tribunal-federal-ministro-dias-toffoli-durante-abertura-do-semestre-judiciario-na-corte-1599237024500_v2_900x506.jpg)
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, afirmou hoje não ter presenciado atos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que atentassem contra a democracia e disse que o presidente soube respeitar as decisões do Supremo.
"Eu devo dizer, de todo o relacionamento que tive com o presidente Jair Bolsonaro e com seus ministros de estado, nunca vi diretamente da parte deles nenhuma atitude contra a democracia", disse Toffoli.
"Meu diálogo com o presidente Jair Bolsonaro sempre foi direto, sempre foi franco, sempre foi respeitoso", afirmou o ministro.
"Tive um diálogo com ele intenso nesse período, exatamente no sentido de manter a independência entre os Poderes e de fazer ele compreender que cabe ao Supremo declarar inconstitucionais determinadas normas, porque essa é nossa função e a dele é respeitar, e ele respeitou ao fim e ao cabo", disse o presidente do STF.
O ministro Dias Toffoli concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas na manhã de hoje, para fazer um balanço de sua gestão na presidência da corte.
Toffoli assumiu o cargo em setembro de 2018. Na próxima semana, o comando do tribunal a às mãos do ministro Luiz Fux, que permanecerá na presidência do STF até setembro de 2022.
Em diferentes momentos, Bolsonaro foi um crítico das decisões do STF.
Bolsonaro chegou a utilizar a expressão "acabou, p*rra!" para criticar decisões do STF que autorizaram operações policiais contra seus apoiadores no inquérito das fake news.
O presidente foi acusado por setores da sociedade de apoiar atos contrários à democracia, como quando participou de manifestações que pediam o fechamento do Congresso e a decretação de um AI-5 (Ato Institucional nº 5), considerado a medida que inaugurou o período de maior repressão durante a Ditadura Militar (1964-1985).
Ministros do governo também têm elevado a tensão com o STF. Em maio, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, afirmou que poderia haver "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional" caso o STF aceitasse o pedido para que o celular do presidente fosse apreendido.
O pedido foi feito por partidos de oposição e terminou sendo rejeitado pelo tribunal.
Em diferentes ocasiões, Bolsonaro tem afirmado ser um defensor da democracia.
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