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Incentivado pelo presidente, estafe do Planalto reforça uso de cloroquina

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

08/07/2020 13h40

O entusiasmo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o uso da cloroquina e hidroxicloroquina contagiou membros do governo e criou um sentimento de otimismo em relação à substância, que não possui prova concreta de eficácia no combate ao coronavírus.

Segundo apurou o UOL, funcionários do Planalto que testaram positivo para a doença decidiram apostar no medicamento. Há ainda quem também esteja pensando em fazer uso preventivo.

A Presidência da República tem aproximadamente 3.500 servidores. Desses, 108 foram diagnosticados com a covid-19 até a última sexta-feira (3), de acordo com informações da Secretaria-Geral.

No último sábado (4), a OMS (Organização Mundial de Saúde) interrompeu testes com a hidroxicloroquina e o lopinavir/ritonavir (usado no tratamento de infectados com HIV). O motivo: as amostras não resultaram em redução da mortalidade de pacientes hospitalizados com a covid-19. Estudos também foram suspensos no Brasil pelas mesmas razões.

Apesar da ausência de comprovação científica, Bolsonaro elevou o tom da defesa da cloroquina e hidroxicloroquina após ter sido, segundo o próprio, diagnosticado com coronavírus. Ele revelou o resultado do exame ontem (7).

Horas depois, o mandatário divulgou um vídeo nas redes sociais em que toma uma dose do medicamento e, sorridente, afirma ter certeza do sucesso do tratamento. "Eu confio na hidroxicloroquina, e você?", questiona.

Na manhã de hoje, Bolsonaro voltou às redes sociais para, mais uma vez, manifestar sua empolgação com as substâncias. Ele ironizou os críticos e disse que ainda viverá "por muito tempo".

"Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas não apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a graça de Deus, viverei ainda por muito tempo."

Na cúpula do Executivo, o fato de o presidente promover os medicamentos tem uma função tática. Além de desviar o foco da contaminação em si e das críticas quanto à postura do chefe do Executivo federal —que provocou aglomerações e apareceu sem máscara por diversas vezes durante a pandemia—, Bolsonaro faz uma aposta. Se, no futuro, a ciência provar a eficácia da cloroquina/hidroxicloroquina, o político poderá reivindicar os méritos.

Já entre os integrantes do segundo escalão, há um clima de torcida de arquibancada fomentada por alguns nomes. Um deles é o do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que escreveu no Twitter que o chefe "merecia ganhar um cachê do fabricante da cloroquina".

Sem apresentar argumentos técnicos, o mandatário tem defendido o uso dos medicamentos desde que surgiram as primeiras pesquisas. Como justificativa, ele costuma dizer que tem ouvido relatos supostamente promissores de profissionais de saúde. O tema foi pivô das quedas de dois ex-ministros da Saúde: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

Bolsonaro pressionou o Ministério da Saúde até que a pasta mudasse o protocolo de tratamento ao coronavírus, com a liberação do uso da cloroquina/hidroxicloroquina não só para casos graves, mas também para pessoas com sintomas leves da doença. É necessária a prescrição médica.

Laboratórios das Forças Armadas foram mobilizados para auxiliar na produção dos medicamentos. O Exército já gastou mais de R$ 1,5 milhão para ampliar, em cem vezes, o potencial de fabricação das substâncias.

Para a microbiologista Natalia Pasternak, doutora pela USP (Universidade de São Paulo), Bolsonaro fez algo semelhante a um "comercial de margarina" ao publicar o vídeo de ontem em que ingere um comprimido de hidroxicloroquina. A especialista ainda alertou que o chefe do Executivo deveria ter cuidado com o remédio, que pode causar complicações cardíacas a idosos como ele (de 65 anos).

"É muito variável como a doença se comporta em diferentes pessoas. (...) O que dá para dizer com certeza é que a hidroxicloroquina que ele tomou em público, como se fosse em um comercial de margarina, não vai fazer diferença", disse a acadêmica à "GloboNews".