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FHC diz achar que Bolsonaro sem comando e prevê fatos 'desagradáveis'

Carine Wallauer/UOL
Imagem: Carine Wallauer/UOL

Do UOL, em São Paulo

04/05/2020 12h54

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou hoje, em live do jornal "Valor Econômico", que falta comando à frente do Brasil para Jair Bolsonaro (sem partido).

"A primeira coisa que as pessoas querem é sobreviver. Precisam de saúde, de hospital. Depois, precisam de trabalho. As pessoas fazem uma natural antecipação do que virá. Tenho dito e vou repetir: a Bíblia diz que, no começo, era o verbo. No começo e no fim, sempre a palavra. Está faltando comando, no sentido de chamar uns aos outros. Então, vejo que vamos sair mal da crise. No conjunto, todo o mundo empobreceu, isso é indiscutível", analisou o ex-presidente, que acrescentou:

"Tenho a sensação de que quem está nos dirigindo não é o presidente. Em geral, a classe dirigente não tem noção da realidade, mas a realidade de vez em quando aparece (...). Tenho a sensação de que podem ocorrer coisas desagradáveis", avaliou o tucano.

Fernando Henrique Cardoso disse que ainda não é possível ver um "projeto" de governo montado por Jair Bolsonaro e afirma que o presidente só foi eleito porque o povo "estava com medo do PT e do Lula".

"Eu não sei se ele tem um projeto. O povo o elegeu contra [o PT], estava com medo do PT, do Lula. Ele não falou nada de positivo. Tenho a impressão de que ele também está atônito. Ele não sabe, não tem projeto. Pode ser que esse 'não ter projeto' nos leve a uma situação difícil. Ontem foi complicado: o Supremo resolveu limitar a ação dele, podia ter feito uma coisa mais grave, vai nomerar não sei quem hoje de manhã... Parece que estão segurando um pouco a crise. Mas o fato de ele não ter projeto é ruim. Na verdade, você votou e ele é presidente. O que você faz com um cara que está lá e não sabe o que faz, o que vai fazer?", indagou.

Questionado a respeito de um possível impeachment de Bolsonaro, FHC diz ser contrário, entendendo como uma experiência ruim para a democracia. No entanto, afirmou que antecessores precisaram entender como lidar com o Congresso para governar, algo que Bolsonaro ainda encontra dificuldade.

"O presidente atual dá a impressão de que não está entendendo. Ele não é o poder. Esse mundo de hoje exige uma visão de poder diferente da visão de poder tradicional. E o presidente Bolsonaro parece ter uma visão tradicional do poder. Ele se bate, dá de cara com o limite que impõe a ele. Ele acha que está sendo perseguido, ele se sente cerceado. Ele transmite aos seus pares que está sendo cerceado, não consegue governar. Ele não consegue governar levando em consideração os outros. Essa é a dificuldade (...). Acho que é ruim para a democracia mais um impeachment. Mas enfim, não é que se queira, pode acontecer", analisou, criticando os "inimigos de papel" criado por bolsonaristas.

"Eu acho que vivemos em um contexto global que não requer, não aceita e não precisa que se inventem inimigos de papel. Acho que nosso presidente e os que estão ao lado dele inventam inimigos de papel. Isso tem efeitos negativos na economia (...). Repito: paciência histórica, cuidado, não vamos partir já para impeachment, porque isso deixa marcas. Mas isso é o que eu acho. Não estou seguro. Do jeito que as coisas estão, pode dar uma trombada maior."

Ruptura institucional e possível golpe de militares

Ainda ao avaliar as polêmicas envolvendo o mandato do atual presidente, Fernando Henrique Cardoso afirma que o momento atual vivido pelo país é diferente do cenário encontrado em 1964, quando começou a ditadura militar.

"Quando houve uma ruptura, havia um projeto, que foi sendo elaborado aos poucos, contra a desordem simbolizada pelo pobre do Jango. E havia uma realidade: Cuba, União Soviética. Hoje, não há um projeto de autoritarismo. Ele pode acontecer, o que é pior, talvez, porque não há projeto. Há o ímpeto de pessoas, inclusive do presidente. É grave. Pode acontecer? Depende. Como você tem uma situação já descrita, as instituições começam a querer aparecer. O Supremo Tribunal, que nunca teve tanta visão política, hoje atua politicamente. O Congresso atuou politicamente. O Executivo é que está mais encolhido. Daqui a pouco vão querer que os militares falem", disse.

Ao analisar a atuação dos militares, que ocupam diversos cargos no governo de Jair Bolsonaro, Fernando Henrique disse que não acredita que essa ala do governo esteja preparando algum tipo de movimentação para assumir o poder.

"Não acho que estejam preparando alguma coisa. Não é como 1964. Hoje é uma situação diferente. Podem ser levados a [uma ruptura institucional, um golpe]. A anomia não pode durar muito tempo, chega um momento que alguém quer botar ordem. Quem tem formação militar, meu pai era general, meu avô era marechal... Eu não acho que haja projeto nenhum. Pelo contrário: eles querem — os que comandam por enquanto — responder à Constituição. Mas se a coisa não funcionar, você vai fazer o quê? E não é só o Exército. E as polícias que estão aí?", questionou FHC, que criticou a postura de empresários brasileiros.

"Os empresários todos correram para o Bolsonaro, como correm para todo mundo que vai para o poder. Nesse momento, cadê a liderança empresarial? O que está falando? A mídia ganhou força, parece que está quase em rebelião contra a ordem atual. O presidente se sente cerceado, e está. Não porque ele queira ou os outros queiram, mas é porque não acertou o buraquinho pelo qual vai atravessar. A responsabilidade é dele, não é da mídia. A mídia reflete, mostra isso. Isso acelera os processos", afirmou o ex-presidente.

O que esperar do Brasil após o fim da pandemia

O ex-presidente acredita que o Brasil sairá mal ao final da pandemia provocada pelo novo coronavírus não só pelo desemprego que afetará parte da população, mas também pela profunda divisão existente entre os diversos partidos políticos que existem no país.

"[O Brasil] vai sair mal. Todos os países vão sair mal. Nós aqui temos, além da pandemia e da recessão que virá, temos uma falta de comando, uma espécie de aturdimento generalizado. É o que menos ajuda para sair da crise. Vamos sair com desemprego, com mágoas uns com os outros, com luto... Vamos sair mal. Aqui, qual é o fator que se agrega a isso e que nos deixa um pouco mais perdidos? Fragmentação partidária, o povo não acredita nos partidos, uma luta institucional, o presidente não tem força de palavra e ação para que cada um fique em seu lugar. Há uma tentativa de espraiamento entre os vários poderes. Um ministro do Supremo tomou uma decisão que o presidente achou indevida; nas circunstâncias em que estamos, cada um vai tentando expandir seu modo de ser", finalizou o ex-presidente.