Veja o que têm a dizer os políticos alvo de pedido de inquérito pelo STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na corte, determinou a abertura de inquéritos contra 8 ministros do governo do presidente Michel Temer, além de 24 senadores e 39 deputados federais. A informação é do jornal "O Estado de S. Paulo".
Os inquéritos foram abertos mediante pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do grupo Odebrecht. Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 24 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem direito ao chamado foro privilegiado, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.
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Veja o que os políticos que são alvo de pedido de inquérito de Fachin têm a dizer:
MINISTROS
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi (PP-MT)
Maggi diz lamentar ter o nome incluído na lista e destaca não ter relação com a Odebrecht ou seus dirigentes e nem ter tido recebido doações da construtora para suas campanhas eleitorais. Ainda destaca não saber sequer do que foi acusado.
Ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB-PE)
O ministro ite ter solicitado doações à Odebrecht, mas diz ter seguido a legislação eleitoral para tal. "Atuei de acordo com a minha consciência", destaca ainda o ministro em nota.
Ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab (PSD-SP)
O ministro Kassab diz não ter tido o oficial às informações e pede ainda "cautela com depoimentos de colaboradores, que não são provas". Ele também destaca que os atos praticados em sua campanha seguiram a legislação vigente.
Ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB-SP)
O ministro afirma que só vai se manifestar depois que tiver o ao teor do inquérito.
Ministro da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB-RS)
Procurado pela reportagem, o ministro preferiu não se manifestar por ora.
Ministro da Integração Nacional Helder Barbalho (PMDB-PA)
O ministro nega ter cometido ilegalidades.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Marcos Pereira (PRB-RJ)
O ministro afirma não ter conhecimento de nada do que é acusado e que "agiu sempre dentro da lei".
Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência Moreira Franco (PMDB-RJ)
O ministro diz que "só falará nos autos do processo".
SENADORES
Senador Aécio Neves (PSDB-MG)
Por meio de nota, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, diz considerar importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações e afirma que “assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta”.
Senador José Serra (PSDB-SP)
Em nota, o senador tucano afirma que a abertura do inquérito pelo STF é uma oportunidade de demonstrar que não cometeu nenhuma irregularidade em suas campanhas.
Senador Romero Jucá (PMDB-RR)
O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador.
Senador Valdir Raupp (PMDB-RO)
O senador se diz "tranquilo" com a citação e afirma que a lista é "baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir". Raupp alega ter como provar que as doações destinadas ao PMDB foram legais e declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Senador Humberto Costa (PT-PE)
O senador petista diz que já abriu mão de todos os seus sigilos e está à disposição das autoridades. Humberto Costa aguarda ter o aos novos documentos para reunir as informações necessárias à sua defesa.
Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Em nota, a senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Em nota, o senador Fernando Bezerra se diz à disposição das autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam necessitar e afirma que sua defesa não foi comunicada e tampouco teve o à referida investigação.
Senador José Agripino Maia (DEM-RN)
Em nota, o presidente nacional do Democratas se diz à disposição da Justiça para colaborar com as investigações que se venham a requerer. O senador ainda destaca que não foi candidato em 2014 e que desconhece o teor das menções a ele atribuídas.
Senadora Kátia Abreu (PMDB-TO)
A senadora Kátia Abreu diz que, por desconhecer a decisão, não tem elementos suficientes para rebater as supostas acusações “feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei”.
Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP)
Segundo a assessoria de imprensa de Marta Suplicy, o ministro Edson Fachin não determinou a abertura de investigação contra a senadora, mas, sim, retornou a denúncia para o Procurador-Geral Rodrigo Janot para avaliar a extinção de punibilidade. A nota destaca ainda que os fatos mencionados na delação são "inteiramente falsos."
Senador Jorge Viana (PT-AC)
"Nada devemos e nada tememos. Confiamos na Justiça", diz o senador petista sobre ter seu nome e o do governador Tião Viana na lista. Jorge Viana acrescentou ainda que vai provar na Justiça que as campanhas de 2010 foram feitas dentro da lei e com dinheiro limpo. Citando "risco de paralisia institucional", o senador acredita que a crise política vá se aprofundar a partir deste acontecimento, já que não apenas o PT aparece na tal lista, como todas as legendas e expoentes partidários.
Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE)
"A Justiça brasileira tem maturidade e firmeza para apurar e distinguir mentiras e versões alternativas da verdade", declarou o senador peemedebista citado na lista.
Senador Dalirio Beber (PSDB-SC)
O senador tucano se diz "indignado, mas completamente tranquilo". Ele destaca não ter tido o ao processo e não saber o que lhe foi atribuído para aparecer na lista.
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
Em vídeo divulgado nesta quinta, o senador Renan Calheiros afirma que a Procuradoria tenta “criminalizar doação legal a pretexto de obra cuja gestão é de governo adversário. Eu confio na Justiça. A chance de ter me favorecido é zero. Zero. As minhas contas são auditadas desde 2003. Não há um centavo ilegal. O meu patrimônio é compatível e eu não tenho conta no exterior. Essas denúncias serão arquivadas por falta de prova, por falta de materialidade. Mas seria o caso de perguntar: a quem serve esse abuso? A quem serve essa perseguição">var Collection = { "path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/noticias/politica/data.json", "channel" : "politica", "central" : "noticias", "titulo" : "Política", "search" : {"tags":"28132"} };