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Irã lança cerca de 100 drones contra Israel, diz exército israelense

13.jun.2025 - Restos de um projétil iraniano que se dirigia a Israel e caiu na província de Daraa, na Síria Imagem: Daraa Province Telegram / AFP

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em Belo Horizonte*

13/06/2025 02h39Atualizada em 13/06/2025 07h41

O Exército israelense afirmou que o Irã lançou cerca de 100 drones contra o território de Israel hoje e que está tentando interceptá-los. A ofensiva seria uma resposta iraniana após uma onda de ataques aéreos israelenses contra o Irã na noite de ontem.

O que aconteceu

Anúncio sobre o lançamento dos drones foi feito pelo porta-voz militar Effie Defrin. "O Irã lançou aproximadamente 100 drones contra o território israelense, que tentamos interceptar", disse o militar a jornalistas. O porta-voz acrescentou que Israel mobilizou 200 aviões de combate para bombardear quase 100 alvos em seus ataques contra o Irã.

Israel diz que a situação está "sob controle". "Temporariamente, a ameaça dos drones está sob controle, o que nos permite alertar os civis israelenses com antecedência suficiente para que se abriguem", afirmou um militar à agência de notícias EFE.

O líder supremo do Irá, aiatolá Ali Khamenei, havia prometido vingança horas antes. "O regime sionista revelou sua natureza vil e lançou nesta manhã sua mão perversa e sangrenta em um crime contra o Irã. Com este ataque, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo, que certamente receberá", disse Khamenei.

Irã afirmou que o ataque israelense foi uma "declaração de guerra". Em uma carta dirigida às Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, "pediu ao Conselho de Segurança que aborde o tema de maneira imediata", informou a pasta.

Israel atacou o Irã na noite de ontem

Ataque de Israel matou os chefes das Forças Armadas e da Guarda Revolucionária do Irã. As mortes dos generais Mohammad Bagheri e Hossein Salami foram confirmadas pela TV estatal do Irã. A Guarda Revolucionária iraniana, que era liderada por Salami, é o grupo mais poderoso no Exército do país e foi criada depois da Revolução Islâmica de 1979. O Irã também confirmou as mortes dos cientistas nucleares Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi.

Israel disse na madrugada de hoje (horário local) que completou o "ataque inicial" contra o Irã, sem detalhar se fará novas fases. As FDI (Forças de Defesa de Israel) afirmaram que a operação, nomeada de "Leão em Ascensão", foi contra "dezena de alvos militares" e instalações nucleares relacionados ao programa nuclear do Irã.

"As FDI estão prontas para continuar a agir conforme necessário", disseram. Eles alegam que o Irã teria urânio enriquecido para fazer 15 bombas nucleares em poucos dias e precisaram atuar contra a "ameaça iminente". "Armas de destruição em massa nas mãos do regime iraniano representam uma ameaça existencial a Israel e uma ameaça significativa ao mundo em geral. Israel não permitirá."

Irã afirmou que os ataques israelenses justificam sua intenção de enriquecer urânio. "Não se deve falar com um regime tão predador, exceto com a linguagem da força", afirmou o governo iraniano em um comunicado. "O mundo agora entende melhor a insistência do Irã em seu direito de enriquecer (urânio), à tecnologia nuclear e ao poder dos mísseis".

Comunidade internacional reage

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu hoje para que o Irã faça um acordo sobre seu programa nuclear para evitar mais conflitos com Israel. "Já houve grande morte e destruição, mas ainda há tempo para que esse massacre, com os próximos ataques já planejados sendo ainda mais brutais, chegue ao fim", disse Trump em publicação no Truth Social.

António Guterres, secretário-geral da ONU, pediu para que Israel e Irã mostrem "moderação máxima". Guterres condenou "qualquer escalada militar no Oriente Médio" e disse estar "particularmente preocupado" com os ataques de Israel às instalações nucleares iranianas, segundo um de seus porta-vozes.

A Arábia Saudita condentou "as flagrantes agressões israelenses" contra um "país irmão". O Ministério das Relações Exteriores do país afirmou que os ataques de Israel "minam sua soberania e segurança e constituem uma flagrante violação das leis e normas internacionais".

* com AFP e DW

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