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Em entrevista ao "El País", Fernando Henrique diz aprovar Comissão da Verdade "não revanchista"

Francho Barón

Do El País, no Rio de Janeiro

16/05/2012 06h00

O ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso (nascido no Rio de Janeiro em 1931) acaba de receber o Prêmio John W. Kluge, concedido pela Biblioteca do Congresso dos EUA.

O galardão reconhece a obra de acadêmicos e eruditos cujas disciplinas de estudo não entram na órbita dos Nobel, como psicologia, sociologia ou antropologia. No caso de Cardoso, a decisão avalia que em 1969 o brasileiro assentou as bases do conceito de "globalização" em um ensaio cuja autoria compartilhou com o chileno Enzo Falleto.

El País: O júri estima que seu ensaio se antecipou ao conceito de globalização. O senhor já pensava nas estruturas do mundo globalizado?

Fernando Henrique Cardoso: Não era totalmente consciente. Quando escrevemos aquele ensaio [1969] ainda não se usava o conceito "multinacional". Sem percebermos muito bem, [Falleto e eu] descrevemos o começo da globalização. A discussão então girava em torno de se países interdependentes poderiam progredir. A maioria dos acadêmicos pensava que não. Nós pensávamos o contrário, desde que as relações assimétricas não gerassem uma estagnação.

El País: O Brasil vai tão bem como se acredita?

Cardoso: O Brasil conseguiu ter uma determinada autonomia de decisões no processo global. A continuidade desse processo depende de nossa visão para avançar em temas chaves, como infraestrutura ou educação. O que mais me preocupa é a criação de valores para alcançar uma sociedade mais decente, com mais igualdade, menos corrupção e mais o ao público. Não podemos só pensar em economia.

El País: A presidente Dilma Rousseff está fazendo algo para acabar com a corrupção?

Cardoso
: É indubitável que a presidente não tenta esconder o problema, e quando surge algum caso de corrupção não defende os acusados. Quer que se vão.

El País: Para boa parte do mundo, o protagonista do milagre econômico brasileiro é o ex-presidente Lula da Silva. Outras vozes, porém, indicam o senhor como o precursor da política econômica.

Cardoso: Muitas coisas foram feitas durante o governo Lula, mas em meu governo conseguimos estabilizar a economia, acabar com a inflação e modernizar o aparelho do Estado. Privatizamos, mas sem exagerar. Promovemos o aumento continuado do salário mínimo. Lula aprofundou tudo isso, apesar de antes se opor a tudo o que fizemos.

El País: Como está se saindo a sucessora de Lula?

Cardoso: Creio que é uma pessoa íntegra. Terá de tomar medidas rápidas e profundas. Lula governou em condições favoráveis, e não é o caso dela.


El País: O senhor foi vítima de uma ditadura militar que o manteve no exílio. Acredita que a Comissão da Verdade recém-instaurada no Brasil deve ter um alcance limitado ou deveria ir mais longe e julgar os responsáveis?

Cardoso: Aqui a transição foi mais parecida com a espanhola, mais lenta, sem a sensação de que houve vencedores e perdedores. Existe uma Lei de Anistia. Creio que a decisão da presidente Dilma de criar uma comissão que não seja revanchista é adequada.

El País: O senhor acredita que no Brasil se está dando prioridade ao desenvolvimento econômico, mais que à proteção do meio ambiente?

Cardoso: Se eu estivesse no lugar da presidente Rousseff, evitaria algumas partes do Código Florestal aprovado no Congresso. O Senado havia alcançado um bom equilíbrio entre a preservação ambiental e uma exploração agrícola razoável.

El País: O senhor acredita que ainda é possível um bloco latino-americano sólido?

Cardoso: Se compararmos com a época em que eu governei [1995-2003], a realidade é que há menos união, nos dispersamos mais. O Mercosul não avançou, e existem novas barreiras alfandegárias.