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Eleições 2022

Eleições 2022

Mesmo cassado, Gabriel Monteiro elege pai e irmã como deputados no Rio

Gabriel Monteiro (à dir.) e Roberto Monteiro, seu pai, eleito deputado federal - Reprodução, redes sociais
Gabriel Monteiro (à dir.) e Roberto Monteiro, seu pai, eleito deputado federal Imagem: Reprodução, redes sociais
Igor Mello

Do UOL, no Rio

02/10/2022 22h32

Depois de ter o mandato de vereador cassado em razão de acusações de estupro e assédio sexual, o youtuber e ex-policial militar Gabriel Monteiro (PL) conseguiu eleger o pai e a irmã como deputados no Rio de Janeiro (veja aqui os candidatos eleitos no RJ).

Com 99,03% das urnas apuradas, Gisele Monteiro (PL), irmã de Gabriel, foi escolhida por 94.556 eleitores, tornando-se a 10ª candidata mais votada para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Já Roberto Monteiro (PL) —pai do youtuber— teve 93.587 votos, sendo o 19º mais votado do RJ para a Câmara dos Deputados.

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Gabriel Monteiro foi cassado na Câmara Municipal em 18 de agosto, quando já era candidato a deputado federal. Depois de a TV Globo revelar um áudio no qual Monteiro dizia "gostar de novinha", ele teve o apoio de apenas de apenas dois colegas no plenário —48 vereadores votaram favoravelmente à cassação.

Antes de ser pivô de um escândalo sexual —que também envolveu denúncias de fraudes em vídeos e uso de pessoal do seu gabinete para obter lucro com seu canal no YouTube—, Gabriel Monteiro era tido como um dos principais puxadores de voto do PL.

Com a cassação, Monteiro ficou inelegível e desistiu da candidatura. Mesmo antes da condenação definitiva, ele teve o registro de candidatura negado pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro). O pedido de impugnação foi feito pelo advogado André Barros, filiado ao PSOL.

Monteiro teve uma ascensão meteórica na política com base em sua popularidade nas redes sociais. Seu foco é o YouTube, onde postava os chamados "experimentos sociais", nos quais encenava situações em que Monteiro tinha ações de caridade ou de combate ao crime.

De acordo com as investigações da Comissão de Ética da Câmara dos Vereadores, nessas situações ele explorou pessoas em situações vulneráveis, como crianças pobres e moradores de rua.

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