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Família contradiz versão da polícia sobre morte em casa do Jacarezinho

Herculano Barreto Filho

Do UOL, no Rio

11/05/2021 17h19

Uma família moradora da favela do Jacarezinho, zona norte do Rio, contradiz a versão da Polícia Civil sobre uma das mortes na operação mais letal do estado, que deixou ao menos 28 mortos.

Segundo o registro de ocorrência feito por dois policiais na Delegacia de Homicídios da Capital, um homem escondido em uma casa foi baleado após abrir fogo contra eles de dentro do imóvel. Mas as testemunhas contam uma versão diferente. Ao UOL, o casal que mora no pequeno prédio contou que um suspeito desarmado, ferido e em fuga entrou no imóvel deles para se esconder. Segundo os moradores, os policiais invadiram o local para matá-lo.

6.mai.2021 - Quarto de criança em que rapaz foi morto por policiais no Jacarezinho - Joel Luiz Costa/Reprodução - Joel Luiz Costa/Reprodução
6.mai.2021 - Quarto de criança em que rapaz foi morto por policiais no Jacarezinho
Imagem: Joel Luiz Costa/Reprodução

O crime ocorreu no quarto de uma menina de 9 anos que presenciou a cena, segundo a família. Traumatizada, a criança deixou a casa onde mora com os pais e está na casa de uma tia.

Família mostra quarto onde homem foi morto em ação policial no Jacarezinho

O suspeito foi identificado na ocorrência como Omar Pereira da Silva, 21.

Um relatório de inteligência da Polícia Civil obtido pelo UOL traz o depoimento de uma tia dele, que confirmou envolvimento de Silva com o crime organizado quando foi ao IML (Instituto Médico-Legal) para liberação do corpo dele.

Segundo o mesmo relatório, o rapaz tinha antecedentes criminais por roubo. "Seu sobrinho não tinha trabalho certo, vivia apenas da renda do tráfico de drogas", cita o documento.

Há apenas um detalhe em comum entre as duas versões sobre o mesmo crime: o suspeito tinha um ferimento no pé após ter sido atingido por um disparo na favela. Segundo a ocorrência, o rapaz foi baleado por volta das 8h em uma localidade conhecida como Beco da Síria em uma troca de tiros com dois homens da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), a tropa de elite da Polícia Civil.

De acordo com a versão contada pela polícia, o suspeito disparou contra os agentes mesmo após buscar refúgio em um imóvel. "Permaneceu atirando e posteriormente jogou uma granada na direção dos policiais", diz o registro. Ainda segundo a ocorrência, o homem estava vivo após ter sido baleado e acabou sendo levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Uma das testemunhas, uma mulher de 43 anos rebateu a versão de que o suspeito atirou nos policiais quando estava na sua casa. Segundo ela, o rapaz estava desarmado e apenas tentava se esconder dos agentes.

Ele só disse: 'Me ajuda, pelo amor de Deus'. Ele não estava armado e só pediu uma toalha para cobrir o ferimento [no pé supostamente causado em confronto anterior com os policiais]

Relato de moradora do Jacarezinho

Morto no local, dizem testemunhas

A reportagem esteve no local do crime na última sexta-feira (7), dia seguinte à operação policial no Jacarezinho. De acordo com as testemunhas, o suspeito já estava morto quando foi retirado pelos agentes do imóvel.

"O policial apontou o fuzil na minha direção [dentro do imóvel]. Aí, eu gritei: 'Sou morador! Tô com criança!'. Não deu nem tempo de sair. Ele efetuou o disparo e matou o rapaz no quarto da minha filha. Depois, ouvi mais dois tiros", contou o comerciante de 39 anos, não identificado pela reportagem para evitar que sofra represálias.

"Moço, ele [policial] foi covarde. Matou o rapaz dentro da casa dela! No quarto da bebê dela!", disse uma vizinha, citando a esposa do comerciante. Os relatos foram registrados em vídeo pela reportagem.

Em caso de morte, a Polícia Civil deve preservar a cena do crime para que seja feita a perícia de local, capaz de determinar a dinâmica da ocorrência —entretanto, o corpo foi retirado sob o argumento de que o jovem teria sido socorrido e levado ao hospital.

Como não foram orientados pelos agentes a preservar o local para que fosse feita uma perícia, o casal limpou o quarto da menina, que ficou todo ensanguentado após a morte do rapaz pelos policiais.

O que diz a polícia

Procurada pelo UOL, a Polícia Civil do Rio informa que as versões apresentadas serão checadas no inquérito policial.

"O acompanhamento do Ministério Público (MP) tem o apoio ir da instituição, uma vez que dará toda a transparência dos fatos investigados à população", diz um dos trechos da nota. "A Polícia Civil reforça, ainda, que não cabe, neste momento, conclusões precipitadas, antes mesmo do término das investigações", completou o texto.