Vídeo não mostra Lula sendo expulso por segurança de rei arábe
São falsos os vídeos que afirmam que o presidente Lula teria sido impedido de chegar perto de um "rei árabe" por um segurança. A postagem faz ainda um comparação com presidente dos EUA, Donald Trump, insinuando que ele se aproximou da pessoa que teria ignorado o petista.
Os posts usam vídeos de eventos distintos e de pessoas diferentes, sendo que nenhuma delas é um "rei árabe". Além disso, o homem que aparece na gravação com Lula não é um segurança, mas, sim, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, que indicou o local correto para uma foto.
O que diz o post
As publicações mostram um vídeo de Trump e comparam com um de Lula. Segundo o post enganoso, o norte-americano teria sido recebido por um "rei árabe" enquanto o brasileiro foi retirado por um segurança. Imagens mostram eventos diferentes, e autoridades distintas.
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Por que é falso
Desinformação sobre Lula é do ano ado. A alegação de que o presidente brasileiro teria sido retirado pelo segurança de um rei em evento já foi desmentida ano ado pelo Projeto Comprova —coalizão de checagens do qual o UOL Confere faz parte. A gravação aconteceu durante o encontro do G7 na Itália em junho de 2024, quando Trump ainda não tinha sido eleitos.
Homem que aparece interagindo com Lula é o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e não um segurança. Na ocasião, Banga indicava o local determinado para que o brasileiro se posicionasse para uma foto oficial (veja vídeo do momento). Além disso, o homem de turbante branco que está de costas para Lula é o sheik e presidente dos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, e não um "rei árabe", como citado no post desinformativo.
Vídeo de Trump foi em fórum de investimento entre EUA e Arábia Saudita em maio. O tal "rei árabe" neste caso é, na verdade, outra pessoas: o príncipe saudita Mohammed bin Salman. Há indícios que coincidem com a bandeira da Arábia Saudita ao fundo do vídeo. Por uma busca reversa da imagem foi possível encontrar gravações de outros ângulos que mostram o mesmo momento. Um dos vídeos foi publicado pelo jornal americano Washington Post com uma notícia que informava que Trump encerrou o evento com a música "YMCA", do grupo Village People (confira aqui). O vídeo também foi publicado no canal do Youtube da Forbes (aqui), com a mesma notícia. Uma foto do aperto de mão, momento que aparece no vídeo, foi publicada pelo jornal O Globo (aqui).
Viralização. No Facebook, um post com o conteúdo desinformativo registrava mais de 44 mil curtidas e 14 mil compartilhamentos.
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