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Leonardo Sakamoto

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Operação Ciro: Bolsonaro mina credibilidade do governo com sua intromissão

Colunista do UOL

15/12/2021 17h25

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Por interferir de forma descarada na Polícia Federal e sequestrar instituições da República para seus interesses políticos e eleitorais, Jair Bolsonaro vem sendo encarado como suspeito de envolvimento em escândalos assim que surgem. Foi assim com ação da PF contra Ciro Gomes e com o suposto "ataque hacker" contra o ConecteSUS, que fornece o aporte vacinal. Essa desconfiança coletiva da figura do presidente mostra o tamanho do dano do assalto bolsonarista à credibilidade do cargo.

Ciro Gomes (PDT) foi alvo, junto com seus irmãos Cid e Lúcio, de uma operação da PF que investiga supostos desvios de recursos públicos nas obras do estádio Castelão, em Fortaleza, nesta quarta (15). Apesar de o inquérito ter sido aberto em 2017, apenas agora surgiu a operação, seguindo o modelo lavajatista de exposição midiática.

Visivelmente irritado na entrevista que concedeu ao UOL News, o ex-governador afirmou que este "é um processo bolsonarista de manipulação da Polícia Federal para tentar manchar o seu nome". E repetiu que o presidente transformou o país em um "Estado policial".

O Brasil já sentia os ventos de um Estado policialesco após a operação Lava Jato distorcer o fundamental combate à corrupção ao atropelar os direitos fundamentais dos acusados. Mas Jair certamente atuou firmemente para dobrar as instituições às suas necessidades, instrumentalizando ainda mais a PF.

Um exemplo desse Estado policial vem do novo ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, que foi ministro da Justiça e advogado geral da União de Bolsonaro. Ele colocou a máquina pública contra jornalistas, cartunistas, professores e policiais que criticaram o seu chefe. Até autor de outdoor foi perseguido.

Na fatídica reunião ministerial de 22 de abril de 2020, o presidente cobrou interferência da PF em nome da proteção de sua família. "Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira", disse. Esse episódio fez Sergio Moro deixar o governo.

Essa situação gera um clima de desconfiança de grande parte da população, que acredita que o presidente é capaz de qualquer coisa. Pesquisa Ipec (ex-Ibope), divulgada nesta terça, aponta que 70% dos brasileiros não confiam em Bolsonaro.

Quando a plataforma ConecteSus, que garante um certificado de imunização para covid-19, saiu do ar no dia 10, muita gente não acreditou na justificativa dada pelo governo de que havia sido um "ataque hacker". Vale lembrar que Bolsonaro transformou o ataque ao aporte vacinal uma das razões de seu governo nas últimas semanas, em nome da liberdade de ser contaminado e de se contaminar e em homenagem aos terraplanistas.

Até porque, durante a pandemia, o governo já havia mostrado ser capaz de dificultar o a dados que não lhe interessam, como foi no caso da divulgação das mortes por covid-19, que eram realizadas pelo Ministério da Saúde. O apagão de dados levou à criação do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, que calcula diariamente, de forma independente, os números da pandemia.

Bolsonaro tem atuado para sequestrar instituições de monitoramento e controle

Desde que assumiu o governo, Bolsonaro tem devorado setores de instituições em nome de seu projeto de poder. Polícia Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Receita Federal, Ibama, Incra, Funai, ICMBio, Procuradoria-geral da República.

E o projeto de país do clã é um governo populista autoritário apoiado por setores da extrema-direita da população e parte do empresariado. Nesse plano, as instituições que não podem ser domesticadas, são consideradas inimigas. Como o Supremo Tribunal Federal, que tem sido alvo de ataques - o mais recente deles, do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que afirmou tomar sedativo para não sugerir a Bolsonaro uma medida drástica contra a corte.

Entraremos em ano eleitoral com duas máquinas sob o comando de Bolsonaro: a máquina istrativa, com sua capacidade de produzir bondades aos eleitores e aliados, mas também maldades - o que inclui perseguição de adversários políticos, jornalistas, artistas, movimentos sociais. Mas também a máquina do ódio, instalada em gabinete dentro do Palácio do Planalto, que usará o Telegram e o WhatsApp como espinhas dorsais de um esquema de difusão de mentiras e ódio.

Jair pode até perder a eleição, mas já deixou como herança a percepção de que um governante pode sim agir como dono e não gestor de instituições que nada acontecerá com ele desde que compre deputados e sequestre instituições. Percepção que vai demorar muito tempo para ser desfeita.