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Leonardo Sakamoto

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Bolsonaro sabota lockdown oferecendo auxílio emergencial de fome

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colunista do UOL

19/03/2021 14h03Atualizada em 19/03/2021 14h42

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O presidente Jair Bolsonaro sabe que, enquanto não for garantida uma forma de subsistência, milhões de brasileiros não conseguirão ficar em casa. Mesmo assim, atribui a crescente fome no país às medidas de combate à covid e não à sua injustificável demora em renovar o auxílio emergencial.

Sim, se hoje "o povo não tem nem pé de galinha para comer mais", como ele disse, nesta sexta (19), muito é por causa de sua omissão deliberada.

O benefício poderia ter sido renovado na virada do ano, uma vez que a segunda onda já era esperada, mas ele só cairá na conta de trabalhadores pobres nas próximas semanas.

Por isso, a sua frase "a fome vai tirar o pessoal de casa" não é uma preocupação com a população, mas um resumo perfeito de uma de suas estratégias até aqui.

A situação deve ter um alívio com os depósitos, mas não irá mudar consideravelmente, uma vez que o auxílio vai pagar uma merreca entre R$ 150 e R$ 375/mês. Como disse aqui na terça (16), com 150 paus um morador da capital paulista compra apenas 23% da cesta básica, segundo o Dieese.

Isso, na prática, empurra as pessoas a se contaminarem na rua na busca por serviço.

Bolsonaro disse que o valor é "pouco, mas é o que a nação pode dar". Se ele não consegue politicamente resolver essa equação no momento em que mais precisávamos dele, por mais que saibamos o quanto isso é complicado, deveria renunciar e abrir espaço para outros que consigam.

Além do mais, declarações anteriores do presidente apontam que a questão central nunca foi a fome ou a falta de recursos. No dia 12 de março, ele criticou o fato de outras pessoas também pagarem auxílio emergencial. "Você viu que tem governador agora que está falando em auxílio emergencial? Querem fazer o Bolsa Família próprio. Quanto mais gente vivendo de favor do Estado, mais dominado fica esse povo".

Um governante normal celebraria o fato de alguns estados e municípios estarem conseguindo dar um jeito de aumentar a capacidade de sobrevivência de trabalhadores pobres durante a pandemia. Bolsonaro só enxerga a concorrência eleitoral. Além disso, ao pagarem um benefício, Estados e municípios tornam mais viável a sobrevivência de famílias em casa - o que bate de frente com o desejo do presidente.

E quando parlamentares, sindicatos e sociedade civil pressionaram que ele retomasse o auxílio emergencial, o presidente ironizou em janeiro: "Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa".

O foco de sua estratégia não é na qualidade de vida do povo, como pode ser visto no seu pedido ao Supremo Tribunal Federal para impedir que governadores decretem restrições, mas na "liberdade econômica". Seu cálculo é que a economia, e portanto, sua reeleição, vai ser mais atingida com lockdowns do que com uma pandemia prolongada.

Não à toa, pesquisa Datafolha desta semana aponta que, enquanto 17% da população vê os governadores como os principais culpados pela pandemia, o número sobe para 29% se considerados apenas os empresários. O presidente é apontado como principal culpado por 43% da sociedade.

O STF não deve atender o seu pedido. Mas isso será o suficiente para, novamente, praticar seu esporte preferido, o Arremesso de Responsabilidade à Distância, terceirizando a culpa a Estados e municípios.

Acha que, com isso, está ganhando tempo, na torcida para que a segunda onda arrefeça e a pressão diminua. O problema é o quanto custa este tempo. Nos últimos sete dias, morreram três brasileiros a cada dois minutos. Para o presidente, um preço baixo a pagar para a sua estratégia. Para qualquer família, uma perda irreparável.

E, no limite, se corpos se amontoarem nas portas de hospitais e o caos surgir, ele bota militares na rua e realiza um antigo sonho.