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Josmar Jozino

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo o a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

"Brasil tem morte sem pena", diz coronel da PM sobre matança no Jacarezinho

Jacarezinho: Enterro de Cleyton da Silva Freitas de Lima, no Cemitério Inhaúma - Bruno Kaiuca/AFP
Jacarezinho: Enterro de Cleyton da Silva Freitas de Lima, no Cemitério Inhaúma Imagem: Bruno Kaiuca/AFP

Colunista do UOL

10/05/2021 04h00

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"O Brasil tem morte sem pena", afirmou ao UOL o tenente-coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo Adilson Paes de Souza, 56, doutor em Psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), ao comentar a ação da Polícia Civil em Jacarezinho (RJ), que deixou saldo de 28 mortos na última quinta-feira (6).

"Os policiais se arvoram ao direito de exterminar, de executar sumariamente. Foi isso realmente o que aconteceu na comunidade de Jacarezinho. O Brasil não tem pena de morte, mas tem morte sem pena e isso é até pior", argumentou o oficial.

Adilson Paes de Souza é autor da tese de doutorado "O policial que mata: Um estudo sobre a letalidade praticada por policiais militares do Estado de São Paulo", defendida por ele no ano ado no Instituto de Psicologia da USP, como divulgou o UOL em reportagem publicada em 26 de agosto de 2020.

Na opinião do tenente-coronel, a operação da Polícia Civil fluminense tinha um objetivo específico: "eliminar pessoas". Segundo o oficial, os policiais civis não foram lá para prender, mas para matar. "Essa era mesmo a intenção dos policiais e, na visão deles, a ação foi um sucesso", acrescentou.

Souza ressaltou que a operação foi planejada para esse fim. "A dinâmica dos fatos não permite outra interpretação a não ser a de extermínio. Houve ocupação de território, desproporcionalidade, demora na identificação dos mortos e falta de informação", afirmou.

Na tarde do último sábado (8), a Polícia Civil tinha o nome das 27 pessoas mortas. Entre os 28 mortos, um era policial civil. Segundo a Polícia Civil, três mortos da comunidade foram denunciados por tráfico de drogas pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro e eram considerados foragidos da Justiça.

O tenente-coronel disse que as entrevistas à imprensa concedidas pelas autoridades do Rio de Janeiro, ao tentar explicar a carnificina no Jacarezinho, mostraram um grau de arrogância, além de postura intimidatória, arrogante e autoritária.

"Na realidade não explicaram nada. Criticaram o Supremo Tribunal Federal - que havia proibido ações policiais nas comunidades fluminenses durante a pandemia - em nome de um ativismo judicial. Depois da decisão do STF de coibir tais operações, o número de mortos tinha diminuído no Rio de Janeiro. Os policiais civis rasgaram a Constituição", observou.

A operação policial em Jacarezinho foi a mais letal já registrada na história do Rio de Janeiro e teve repercussão negativa na Europa e Estados Unidos. Vídeos gravados por moradores da comunidade mostram que alguns dos mortos foram baleados dentro de casas, inclusive em cômodos onde havia crianças, sinalizando que houve execução.

"As imagens registradas pelos moradores deixam isso bem claro. Não há narrativa que comprove a ocorrência de confronto. Houve sim execuções sumárias extrajudiciais", enfatizou o tenente-coronel.

O Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) para Direitos Humanos pediu uma investigação rigorosa, imparcial e independente sobre o caso, conforme revelou no último sábado reportagem de Juliana Arreguy, do UOL.

De acordo com o oficial aposentado, algumas autoridades do Rio de Janeiro e de Brasília disseram que 'as pessoas mortas eram soldados do crime'. "Se por ventura isso fosse verdade, mesmo assim não se justificaria essas execuções sumárias. Os policiais civis se deram ao direito de exterminar. Eles aplicaram a morte sem pena", completou Souza.