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Chico Alves

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Atribuir violência política à polarização é equiparar agressor e agredido

Marcelo Arruda - Reprodução
Marcelo Arruda Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

11/07/2022 17h24

Jair Bolsonaro seguiu o roteiro esperado. Depois que o guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado no Paraná pelo agente penitenciário bolsonarista Jorge José Guaranho simplesmente pelo fato de ser petista, o presidente da República voltou a lembrar a facada que recebeu de Adélio Bispo, em 2018. Novamente citou que Adélio foi filiado ao PSOL, retomou a narrativa de que o clima de violência política é originado na esquerda e tentou desvincular sua imagem do episódio trágico.

"O que eu tenho a ver?", perguntou hoje aos jornalistas.

Como de costume, não deixou transparecer qualquer consternação diante de uma morte brutal, não demonstrou nenhuma empatia com a vítima e seus familiares.

Também o vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, manteve a tradição de minimizar tudo de grave que acontece no país. Reclamou que o caso está sendo explorado politicamente.

Ou seja: na opinião dele, se um militante petista, em uma festa com decoração em homenagem ao ex-presidente Lula e músicas do PT, foi morto a tiros por um desconhecido que se incomodou com o tema da comemoração e atacou o aniversariante gritando "Bolsonaro!", "Mito!" e "Morte aos petistas!", isso não é um crime por motivação política. Difícil saber o que será.

Mourão concluiu o seu comentário sobre o caso com mais uma de suas frases infelizes: "Vamos fechar a tampa desse caixão".

Desse lado da história, ninguém esperava nada diferente.

O espanto é maior quando políticos e imprensa tratam o caso recorrendo ao clichê da polarização política.

A fábula da polarização coloca em pé de igualdade a extrema-direita, que é o grupo liderado por Bolsonaro, com os apoiadores de Lula, que rivaliza com o presidente na disputa pelo primeiro lugar nas pesquisas de intenção de votos.

Declarações condenáveis do líder petista, sobre a transferência dos sequestradores do empresário Abílio Diniz ou o elogio a um militante do partido que brigou com o adversário para defendê-lo, estão longe de se equiparar ao incentivo explícito à violência que Bolsonaro faz costumeiramente.

Exemplos não faltam:

"Vamos fuzilar a petralhada!" (Discurso no Acre, em 2018).

"Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria". (Discurso feito também em 2018)

"Um bosta de um prefeito faz uma bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa. Se estivesse armado, ia para a rua". (Comentário feito na reunião ministerial de abril de 2020, incentivando reação às medidas de isolamento social por causa da pandemia).

"Matéria saiu falando que eu e o Lula somos a mesma coisa. Vai para ponta da praia, porra!". (Reclamação feita em maio de 2022, citando local onde opositores da ditadura militar eram executados).

A morte é assunto recorrente de Bolsonaro, seus filhos e apoiadores. Já era assim antes de ele ser eleito, mas tanto a classe política quanto boa parte da imprensa ajudaram a normalizar esse comportamento inaceitável.

Depois de quatro anos convivendo com a barbárie bolsonarista e à luz de um assassinato como o que aconteceu em Foz do Iguaçu, não é possível que ainda se recorra à simetria mentirosa para colocar Bolsonaro e Lula no mesmo patamar.

Como todos, Lula tem qualidades e defeitos. Mas incentivar correligionários a fuzilar oponentes não é uma de seus problemas.

Agora, o truque de Bolsonaro é recorrer ao expediente de que usou sentido figurado quando se referiu ao fuzilamento da "petralhada", no Acre.

Por total inaptidão para a vida pública, parece desconhecer que nos países em situação normal as palavras que o chefe da Nação emite, mesmo em sentido figurado, servem como guia para seus apoiadores, servem como exemplo.

Quem recorre ao termo "polarização" para explicar a violência política que cresce no Brasil acaba por colocar em situação de equivalência agressores e agredidos.

Tanto os políticos quanto a imprensa devem corrigir urgentemente essa distorção, sob pena de banalizar ainda mais o clima de ódio, ao não apontar os verdadeiros responsáveis.

Foram Bolsonaro e seus apoiadores que instauraram no Brasil um ambiente tóxico.

Quem não percebe isso, ou é cúmplice ou poderá ser a próxima vítima.